terça-feira, 11 de outubro de 2011

Para os que nos seguem ...

Meninas, eu sei que nós demoramos de mais, pra postar, mas é que no nosso colégio ta meio complicado esse ano, mas daqui pra frente vamos tentar nos empenhar mais. Nós temos mais alguns capitulos pra postar mas não vamos postar agora, vamos esperar mais um pouco e escrever mais um pouquinho e vamos postar ok !?
Esperamos que estejam gostando,
                                                beijo, beijo. Bruna e Ana Luiza;
                                            

MAIS UM DIA

Jacob ...
Eu passei três dias sem saber direito o que fazer, até que eu resolvi que iria procurar saber o verdadeiro motivo disso tudo. Mas eu não sabia por onde eu começar, eu pensei em ligar para ela e tentar conversar, mas não pareceu ser uma boa ideia mas o que mais eu poderia fazer ? Peguei o telefone e liguei. Mas ela recusou a ligação. Nesse momento me ocorreu que eu poderia pedir ajuda a uma pessoa. Eu iria descobrir tudo. De um jeito ou de outro. Um dia.

A BOATE


Nós voltamos pela Olympic Discovery Trail e entramos em uma ruela, na verdade era um beco sem saída. Quando eu reparei esse pequeno detalhe eu tive que perguntar:

- O que é que nós estamos fazendo aqui?

- Calma, eu não vou tentar te agarrar ou te matar Nessie.- e ele desceu do carro e eu o acompanhei. Ele veio até mim pegou na minha mão e me conduziu até o muro, quando eu reparei que bem no canto havia uma portinha. – Você gosta de dançar Nessie?

- Nunca fui muito de dançar mas eu acho legal, porque ?

- Então entra, que você vai aprender a amar a dança. – E ele empurrou a porta. Uma musica eletrônica altíssima saiu de lá e nós entramos.

O Lugar era super lindo, todo branco e roxo, enorme, havias varias pessoas espalhadas por todos os lugares dançando, cantando, bebendo, beijando. Era o que eu precisava agora. Dançar. Apenas dançar, e esquecer todos os meus problemas.

- É maravilhoso Nantito. -  Disse eu ao seu ouvido.

- Quem bom que você gostou, vamos para pista ?

- Claro.

Nós descemos com muito custo, porque haviam pessoas de mais. Mas conseguimos chegar até a pista.

- Você quer beber alguma coisa Nessie ?

- Eu não bebo.
- Nessie, só uma, pra você se soltar. Por favor?

- Não sei não.

- Ah vamos Nessie, é só uma.

- Tudo bem, só uma.

E ele me conduziu até o bar, e pediu duas vodcas com tequila. Me estregou uma e saiu me puxando pra outro lugar.

- Onde nós estamos indo?

- Pra uma pista V.I.P. Eu sou sócio aqui Nessie.

- OK ! Por essa eu não esperava.

E ele me conduziu até uma escada branca com luzes lilás em todo corrimão. Lá em cima também haviam muitas pessoas mas essas pareciam mais selecionadas, Digamos que pareciam ter mais classe. Assim que nós chegamos alguns caras vieram cumprimentar Nantito.

- E ai Ignácio, resolveu ver como andam os negócios ?

- É. Estava precisando né. Com licença Andrew, eu tenho q apresentar o lugar a essa moça.

- Claro.- disse Andrew sorrindo para mim.

Ignácio me levou para o meio da pista de vidro de onde nós podíamos ver um pequeno pedaço da pista de baixo, e se nós chegássemos até a sacada nós podíamos ver toda a boate, era simplesmente incrível.

- Pronta para dançar Nessizinha?

- Eu nasci pronta. – Virei o copo com a bebida, que desceu queimando na minha garganta, e fui com ele para o meio da pista. Nós estávamos dançando e eu já devia ter bebido uns 3 copos de vodca quando uma moça loira alta, muito bonita chegou e começou a dançar com Nantito. Eu já estava mesmo ficando meio cançada e fui me sentar um pouco. Quando um cara muito, muitíssimo bonito se sentou ao meu lado.

- Oi moça, muito prazer eu sou Henry. E estendeu a mão pra me cumprimentar.

- Oi, muito prazer, Nessie. – disse e peguei na mão dele, que me puxou e me deu um beijo no rosto.

- Você está sozinha?

- Não, eu estou com meu amigo ali. – E apontei para Ignácio que já estava, bem na pior expressão popular, quase engolindo a moça.

- Ah, você é amiga do Ignácio. Mas ele está com a minha irmã, aliás a Brittany é bem rápida não acha ? Bom, não importa, vem dançar comigo.

- Não, obrigada. Eu já estou cansada.

- Ah, por favor Nessie, Só uma música ?

- Ta bom, mas só uma musica tudo bem?

- Ótimo.

Nesse momento passou um garçom e eu peguei mais um copo e fui para pista.

Parecia até brincadeira. No momento que eu cheguei na pista começou a tocar “ Gasoline” da Britney Spears. Acreditem, é a melhor música que existe pra se dançar um uma boate como aquela. E Henry me puxou pra mais perto e começamos a dançar. Bom eu sei que na metade da música eu já estava meio “ louca”. Até que infelizmente Henry tentou me beijar e eu o afastei. Porque ele tinha que tentar né. Estava tão bom, nós dois dançando ali. Mas ele tinha que estragar.

- Ah gata, porque não?

- Eu tenho namorado.

- Eu não tenho ciúmes.

- Mas ele tem.

- O que importa, ele não está aqui, e também não deve se importar muito com você já que te deixou sair sozinha só com o Igácio.

- CALA ESSA BOCA SEU IDIOTA. – disse eu e dei um tapa no rosto dele.

- Ah gata, precisava mesmo ? Mas não importa, eu ainda quero você.

E ele tentou me beijar de novo. Foi ai que as coisas saíram do controle. Eu ainda era uma vampira, qual é, eu sou mais forte que qualquer carinha idiota. – Eu o empurrei com tanta força que ele caiu e bateu a cabeça. E eu subi em cima dele e disse:

- A próxima gracinha, eu arranco isso ai que você tem no meio das pernas. Entendeu? – Me levantei e dei-lhe um chute, bem, vocês sabem onde.

E sai andando até chegar em Ignácio, que ainda estava com a tal Brittany, e o puxei.

- Ignácio eu quero ir embora.

- Porque Nessie, o que foi?

- O irmãozinho engraçadinho dela ai – e apontei para Brittany. – tentou me agarrar. Mas eu já resolvi. – E apontei para Henry caído no chão. Brittany saiu correndo em direção ao irmão. – Por favor Nantito, me tira daqui.

- Ainda são 3:00 da manhã Nessie, vamos para pista de baixo, e eu prometo que não vou te deixar mais sozinha, tudo bem?

- Tá, tudo bem, mas então vamos, vamos agora.

Nós descemos para a outra pista e ficamos ali até as 6:00 da manhã, e como prometido Nantito não me deixou em momento algum, mas isso não quer dizer que ele não ficou com nenhuma outra garota, porque ele ficou sim, e com muitas, só que com uma mão ele segurava a minha mão, e com a outra ele envolvia a outra garota. Confesso que foi esperto da parte dele. Nós chegamos na casa grande por volta das  7:30 da manhã, nós ainda estávamos um pouco sobre o efeito das vodcas, eu nem tanto já que não tinha bebido tanto assim. Mas ele me ajudou a descer do carro, e nós saímos da garagem. Quando nós entramos dentro da casa descobrimos que não tinha ninguém lá, e havia um bilhete na porta da geladeira.



Nessie,

Todos nós fomos à Olympic e não sabemos quando voltaremos. Fique bem. Nós amamos você.

                                                                Papi e Mami.



- Bem, não tem ninguém em casa. Eu preciso dormir um pouco. Onde eles hospedaram você? – disse.

- No quarto de hóspedes, ao lado do de sua Tia Alice.

- Certo, então vamos.

Nós subimos as escadas e eu o deixei na porta do quarto no segundo andar.

-  É aqui. Boa noite.

- Boa noite. – E Ignácio me puxou e me deu um selinho.

- Ignácio eu.. – Ele não deixou que eu terminasse a frase.

- Eu sei, é que eu queria confirmar que você estava com o mesmo pensamento. – e se virou e entrou no quarto.

Eu também subi, fui para meu quarto, tomei um banho e cai na cama.

PORT ANGELES


A viagem pareceu-me bastante curta, já que eu e Ignácio fomos conversando o tempo todo e escutando o CD da Shakira preferido dele. Algumas vezes nós parávamos de conversar e cantávamos junto com a musica, o que eu era engraçado. Assim que chegamos fomos a uma pizzaria que, segundo Ignácio era a melhor de Port Angeles. E realmente era muito boa. Nós ficamos ali até as 21:45 e saímos para a noite gelada.

- Você parece estar congelando Nessie, - Disse Ignácio com um tom de voz preocupado. Ele tirou sua jaqueta e me entregou. Por baixo ela estava com uma blusa de linho verde-musgo bem colada, o que fazia com que eu conseguisse ver todos os seus músculos com bastante perfeição. E olha, era uma visão maravilhosa.

- Obrigada ! – Ele só sorriu e me abraçou até chegarmos no carro. Assim que entramos no carro ele me perguntou:

- Você quer ir onde agora ?

- Bom, eu meio que fiquei com vontade de tomar um Milk-shake. O que você acha da ideia ?

-É bem legal. Então vamos, eu sei de outro lugar ótimo onde vendem milk-shake. – Ele ligou o motor e nós fomos até o drive-thru do Mc. Donald’s. Assim que vi onde estávamos comecei a rir.

- Você não pode estar falando sério.

- E porque não. O milk-shake daqui é ótimo.

- Tudo bem então, se você diz.

- Você vai ver.

Não demorou muito para chegar a nossa vez, e quando chegou ele pediu dois milk-shakes de chocolate. Nós pegamos e saímos.

- Nós só beberemos quando chegarmos no meu lugar preferido da cidade.- Disse-me Ignácio.

- Tudo bem.

Nós seguimos para leste pela Olympic Discovery Trail até chegarmos à praia e ele parou o carro.

- Bom, é aqui, o lugar que eu mais amo de toda Port Angeles.

- É muito lindo aqui. Mas me conte, como você conhece tanto a região?

- Eu moro aqui já faz uns 2 meses, mas ainda estou me familiarizando com o lugar. Mas eu gosto muito da cidade.

- Eu entendo. Mas e ai, eu posso beber o meu milk-shake agora?

- Ah, claro desculpe-me, eu esqueci. – ele me passou um e eu tomei. Era realmente muito bom, e eujá sabia já havia tomados vários.

- Está fabuloso !

- É, eu sei disso – E deu um sorrisinho torto.

- Convencido.

- Só as vezes.

- Sabe Nantito, que queria agradecer por estar fazendo isso por mim. É muito legal de sua parte. Eu tenho á  passado por muitas coisas ultimamente, e não tá sendo fácil. Então: Obrigado, de verdade, muito obrigado.

- Nombre de Dios, não precisa agradecer. Eu sou seu amigo, eu estou aqui pra isso. Sempre que precisar, tudo bem?

-Tudo bem. – Disse eu dando um sorriso.- Nantito eu quero sair do carro um pouco, caminhar na praia, vamos ?

- Vamos sim.

Nós saímos novamente para a noite fria, e dessa vez mais fria porque estávamos perto do mar, e o vento oceânico era incrivelmente frio. Então Nantito me entregou novamente sua jaqueta, já que eu estava tremendo de frio, e me abraçou. Eu não me incomodei com o toque de suas mãos na minha cintura porque eu sempre vi Ignácio como um bom amigo, nada mais que isso. E nós ficamos por um tempo caminhando pela praia em silêncio, até que ele o quebrasse:

- Nessie me diga, o que você faz da sua vida. Assim, você não vai pro colégio, então o que você faz com todo esse tempo que você tem?

- Bom eu estudo, meu pai me ensina em casa, eu caço, eu faço compras com minhas tias, eu ajudo meus tios com os carros, eu leio com minha mãe, converso muito com meu avô, planejo viagens com a vovó, vou á casa dos meus avós Charlie e Renée, mas ultimamente eu estava passando a maior parte do meu tempo em La Push, mas eu não quero falar sobre isso. – Nesse momento passou um filme na minha cabeça, todos os meus momentos junto com Jake, todos os nossos beijos e abraços, nossas brigas, nossos planos, as noites que ele passava comigo, a noite que eu dormi na casa dele, o dia que ele se declarou pra mim. Tudo, tudo doía de modo tão intenso que eu caí de joelhos na areia da praia já chorando.

- Nessie, Nessie o que foi? O que está acontecendo? – Disse Ignácio se ajoelhando ao meu lado.

- Não é nada não se preocupe, eu... eu vou ficar bem, eu só... só preciso respirar um pouco e ... esquecer.

- Me desculpe a pergunta Nessie, eu não devia ter perguntado .

- Não, tá tudo bem, não se preocupe. – Eu disse me sentando. Ele me acompanhou.

- Você está melhor?
- É, um pouco, é que tem sido difícil sabe. Eu tento viver devagar esses últimos dias, um dia de cada vez mas, a cada dia vivido a dor não parece se atenuar, muito pelo contrário, a buraco no meu coração só aumenta cada dia mais. Mas eu continuo aqui, com muito esforço, vivendo, mesmo fraca e quase sem condições na esperança de que isso passe ... um dia. E que eu, que minha vida, possam ser normais de novo, e ter Jake ao meu lado. Mas eu confesso que as expectativas não são muito boas. Porque eu o fiz sofrer de mais ...

- Eu entendo, mas não fica assim. – Disse ele me abraçando novamente. – Tudo vai ficar bem. Você vai ver.

-Obrigada Nantito, você me ajudou muito hoje. É bom ter você aqui.

Nesse momento ele olhou pra mim e sorriu. Eu sorri também, mas ele foi aproximando o rosto do meu até que nossos lábios se encontraram e um choque percorreu meu corpo. A sensação dos lábios dele no meu era diferente de tudo que eu já havia sentido. Começou com um simples selinho e ele me puxou pra mais perto e me forçou a abrir os lábios, a sensação era muitíssimo boa mas era errado eu não sentia o mesmo por ele então eu o afastei, e ele respeitou.

- Nantito, não me leve a mal é só que, não é isso que eu quero de você...

- Tudo bem, mas eu espero que você mude de idéia. Então.. vamos? Ainda tem um lugar que eu quero que você conheça.

- Tudo bem. – Ele me ajudou a levantar e nós voltamos para o carro.

VISITA INESPERADA

Falemos a verdade, eu não faço a mínima ideia de como ele conseguiu chegar até ali, muito menos de porque ele estava deitado na cama, ao meu lado e com a mão na minha cintura me puxando para mais perto. Eu só sei que estava. Quando ele percebeu que meus olhos estavam abertos tirou rapidamente a mão da minha cintura e me olhou nos olhos:

- Eu a acordei? Mil desculpas, não era minha intenção, é que você estava meio fria e eu ... – ele não terminou essa frase. – Bem, de qualquer modo me desculpe. Ah, e a proposito você está muito mais bonita desde a ultima que nos encontramos. – E me deu um sorriso largo. UAU. E o que era aquele sotaque espanhol, meu deus, eu o reconheceria em qualquer lugar, mesmo estando inconsciente.

- Ignácio Domenechi, a que devo a honra ? – Disse abrindo um enorme sorriso. Era reconfortante ter Ignácio ali. Eu ainda não tinha tocado em seu nome, talvez pelo tempo que ficamos separados. Ignácio é uma espécie completamente diferente de todas já encontradas até então. Mais diferente até mesmo que eu. Ignácio é descendente de um clã de lobisomens austríacos, eles só se transformam com a lua. Mas não é só isso. Seu pai era um desses lobos e sua mãe era uma vampira colombiana, então ele tem tanto o gene de lobisomens como de vampiros. Seus pais morreram a algumas décadas, não sabemos como, já que Ignácio nunca nos contou. Eu o conheci em uma viagem ao Canadá com meus pais, ele residia lá até então. Nós ficamos muito amigos e ele nos visitou uma vez, mas depois disso perdemos o contado e não o vi mais, até aquela noite. – Você também está mais bonito, diferente, é bom ver você. – Eu sorri. Ele sempre me impressionava com sua beleza, tinha os olhos verdes-dourados, os cabelos eram negros como a noite, grossos e com grandes cachos. A pele era bronzeada, mais clara que a de Jacob, mas ainda assim, lindíssima. Tinha o rosto longo, olhos grandes, os lábios e as maçãs do rosto cheios, era alto e tinha o corpo quase tão musculoso quanto o de Jake. Também aparentava ter um 17 anos como eu. Ele sem duvidas era muito gato, e sempre me deixava vidrada.

- Eu estava passando pelas redondezas e resolvi fazer uma visitinha. Sua família me recebeu muito bem, então eu percebei que você não estava na sala. Perguntei ao seu pai onde você estava e ele me disse que você estava aqui, dormindo, e que havia dormido o dia todo, que se eu quisesse poderia vir acorda-la, disse que você precisava comer. Ele também me contou o que estava acontecendo, sobre o Matthew. – houve uma pausa, e eu quase pedi pra que ele continuasse a falar, eu adorava ouvir seu sotaque espanhol. – E seu pai também me contou sobre o Jacob, – sua expressão mudou de radiante para uma que eu nunca tinha visto do rosto de Ignácio, parecia dor, mesclada de dó, era triste. – eu sinto muito.

- Obrigada, disse eu tristemente- e me sentei na cama, ele fez o mesmo. – mas vamos mudar de assunto, não quero falar sobre isso não me leve a mal é que ... – não consegui terminar, a dor tinha voltado assim que escutei o nome de Jacob, agora que respirava pesadamente, e tinha dificuldade de esconder isso.  Ignácio pareceu perceber.

- Mi hermosa, mi hermosa ... no, no llores. – Foi ai que percebi que estava chorando. - Olha, vamos fazer o seguinte, nós vamos sair, comer uma pizza, tomar milk shake, andar pela cidade e conversar um pouco. O que você me diz da ideia ?

- É, seria bem legal. Mas eu preciso de um banho, eu dormi o dia todo.

- Ok, eu vou descer e esperar você, tudo bem ?

- Claro, eu só ... não, esquece, eu tenho roupa aqui, então pode ir que eu só vou tomar um banho e já estou descendo. – Com isso Ignácio desceu e eu entrei no chuveiro, ainda chorando. Tomei um bom banho, coloquei uma calça jeans preta, uma blusa de renda de alcinha preta com fundo cor da pele, uma bota preta, uma jaqueta curta de couro e um cachecol vermelho sangue pra quebrar um pouco o preto. Fiz uma maquiagem bem natural, a essa altura já havia parada de chorar, então desci a escada. Quando cheguei ao pé da escada Tia Alice me olhou com um olhar de aprovação.

- Renesmee Carlie Cullen, agora você me deixou orgulhosa. Você está tão linda.

- Obrigada Tia. – Disse dando um sorriso sem graça.

- Onde você vai Nessie ? – perguntou papi sério.

“ Papi, menos, manera ai, temos visitas.”

- Nada de “papi manera ai” não moçinha, tenho certeza que Ignácio me entenderá. Agora responda: onde você vai?

- Eu vou leva-la para comer uma pizza em Port Angeles se o senhor não se importar.

- Claro que ele não se importa, não é mesmo Edward. – disse Tio Jaz.

- Eu ...

- Edward, a menina precisa se divertir, deixe que ela vá. – disse tio Emm.

- É verdade. – disse Tanya. – Ela precisa disso, não concordam?

- Claro. – Disseram todos do clã Denali .

- Vá Nessie, depois eu converso com seu pai. – Disse Mami.

- Mas o que é isso ? Eu não tenho mais autoridade nessa casa ? – Perguntou Papi nervoso.

- Papi, não precisa se estressar, se você não quiser eu não vou. É bem simples.

- Não, eu não vou fazer isso com você, e outra que você precisa sair um pouco, conversar com alguém diferente. Pode ir.

- Obrigada papi. -  disse dando-lhe um abraço e um beijo no rosto, fazendo-o se derreter e abrir aquele sorriso lindo que toda vez que mami  via ficava  sem ar.

- De nada Nessie. – disse beijando minha testa.-  Tomem cuidado e tentam não chegar na hora do almoço. Bom, pelo menos o almoço dos humanos. – Todos riram, e eu sai para a garagem.

- Nós vamos em qual carro ? -Perguntei a Ignácio que estava atrás de mim.

- No meu. – e então ele tirou uma chave de dentro do bolço da jaqueta e apertou o alarme que disparou no final da enorme garagem. Bem no cantinho da garagem, quase escondido estava um Hyundai ix35 prateado. – Vamos ? – Eu não disse nada, só sorri e entrei no carro.

O DIA SEGUINTE

Renesmee...
      Quando eu acordei na manhã seguinte me sentia acabada, completamente sem forças, com os olhos ardendo e o travesseiro encharcado com minhas lagrimas. É, eu ainda estava viva. Vida cruel. Eu queria desesperadamente pegar meu carro, ir a La Push, e contar tudo ao Jake, mas eu não podia. AAAH. Eu queria me matar, não estava mas aguentando.  EU, DEFINITIVAMENTE, NÃO PODIA VIVER SEM O JAKE. Ele é a melhor parte da minha história, da minha vida. Ele é mais que um homem, e isso é mais que amor, é a razão pelo qual o céu é azul. E só de saber que lá fora, em algum lugar, ele deve estar sozinho, sofrendo, chorando... isso me mata por dentro. Saber que eu sou o motivo desse sofrimento ... em meu pensamento eu posso ver ele morrendo. Eu não quero mais fazer isso. Eu não quero mais ser a razão do por quê, toda vez que ele escutar meu nome, morrer mais um pouco por dentro, eu não quero machucá-lo mais, eu não quero tirar a vida dele eu não quero ser...Uma assassina. Eu, realmente, não quero continuar com isso. Eu estou tentando fazer o que é certo, mas esta ficando difícil. É tanta tristeza na minha alma. Parece que minha mente ama me dizer que estou fazendo a coisa errada. 

Então, eu me levantei, tomei um banho e fui caçar. Eu não fui muito longe até porque não estava em condições, mas eu precisava de um tempo sozinha, longe de casa, precisava tomar um ar. A caça foi até produtiva, eu consegui abater 4 cervos. Depois fui em casa trocar de roupa e segui para a casa grande. Quando cheguei no quintal dos fundos encontrei-me com Matthew. Ele veio até mim me cumprimentar:

- Oi Nessei, como você está ?
- Oi Matthew, ah, eu ainda estou me preparando para sobreviver a esse dia. Mas eu ficarei bem, obrigada !
- Tudo bem. Eu soube...bem, do seu namorado, e sinto muito, a culpa é minha. Eu juro que assim que possível eu vou... – Eu esperei mas ele não terminou a frase.

- Tudo bem, não esquenta com isso, vamos resolver um problema de cada vez, certo ?

- Ok. – E meu deu um sorriso torto.

Nós entramos para a casa grande, todos estavam sentados na sala mas foi Tia Alice que veio até mim:
- Querida, você está péssima, está até parecendo sua mãe quando era solteira. – Disse ela me abraçando e se virando para o lado leste da sala onde se encontravam mami, Vovó Esme, Tanya e Tio Emm. – Sem ofensas Bella.

- Olha como você fala Alice.- Repreendeu-a Vovó.

- Tudo bem Esme. E Alice eu não vou nem te dizer nada, ouviu ? NADA.  – mami sorriu amarelo.

- Bom que seja. – Disse Titia e se virou para mim. – Nós precisamos dar um trato em você. Cabelo, maquiagem e roupa.

- Eu ouvi a palavra roupas ? – Disse Tia Rose, aparecendo na porta da cozinha. – É claro que disseram- disse ela ironicamente. – Bem Nessizinha, você está mesmo precisando.

E antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa elas me arrastaram para o BMW vermelho conversível de Tia Rose e me levaram até Port Ageles. Ficamos por ali o dia todo e no final eu estava com o cabelos hidratados e escovados, maquiagem feita e com sacolas e mais sacolas de roupas novas. Isso ocupou minha mente durante todo o dia o que foi bom. Quando chegamos minha mãe disse-me que ficariam na casa grande essa noite e como eu não queria ficar sozinha no chalé com medo da dor terrível vir me assombrar resolvi ficar com meus pais na casa grande. Confesso que não dormi, fiquei a noite toda revezando entre o computador e alguns livros. Só quando já se passavam das 5:30 da manhã que eu consegui cochilar um pouco no sofá da sala, mas as 8:00 eu fui acordada por minha mãe:

- Querida acorde, sua Tia está tendo uma visão. E achei que você gostaria de ouvir.

- Tudo bem mami, a senhora está certa, eu quero ouvir sim, - Disse me levantando e abraçando-a .

- Já está confirmado. Daqui a três dias na mesma clareira em que nos encontramos da ultima vez. É melhor estarmos preparados. – Disse Tia Alice.

- Bom, agora nós só podemos que esperar. – Disse vovô Carlisle. – Nessie, você tem certeza que não quer que Jake partissepe disso? Ele seria de gran...

- Não Vovô – Cortei-o no meio da frase. – É perigoso de mais ...

- Mas tenho certeza que ele iria querer participar.

- Vovô, por favor. Eu não posso suportar a dor de perde-lo caso algo dê errado.

- Tudo bem Nessie. – Disse Vovô abraçando-me.- Não vou insistir mais.

- Obrigada.

- Agora volte a dormir, você parece muito cansada.

- É, é o que eu vou fazer. –  subi para o antigo quarto de papai e me deitei na enorme cama dourada que ele comprou especialmente para que mamãe quando humana pudesse dormir confortavelmente. Assim que minha cabeça encostou no travesseiro eu apaguei e só acordei horas depois, já deviam ser quase 19:00 aliás, quando senti a mão de alguém em minha cintura. Só então, quando abri meu olhos tive que sufocar um grito ao ver quem estava deitado na cama ao meu lado.

O DIA SEGUINTE

Jacob ...

Eu consegui sonhar:
Eu estava sentando no tronco que eu costumava sentar com Nessie na praia. Era noite, a lua estava cheia e eu estava chorando muito me lembrando do que aconteceu.
Quando eu olhei para lua e comecei a falar:

-Eu sei que você está em algum lugar aqui fora, em algum lugar longe, bem longe mas eu quero você de volta, meu pai diz que eu estou ficando louco mas ele não entende, porque ele não sabe o que eu sei e nem o que eu sinto.
Porque quando o sol se põe e à noite chega, quando as estrelas iluminam tudo eu sento sozinho falando com a Lua e tento chegar até você na esperança de que você esteja do outro lado falando comigo também. Ou será que sou um bobo aqui sozinho conversando com a lua? Será que você também está falando de volta? Sim, alguém está falando de volta. Você já me ouviu chamando? Por favor responda, você é tudo que eu tenho.
I lov... I love you... I love you so much.

E quando eu me dei conta Nessie chegou atrás de mim me abraçou e disse no meu ouvido.

- Eu também quero você de volta, seu pai não te entende mais eu te entendo porque eu sinto o mesmo que você. Quando o sol se põe eu também me sento sozinha conversando com a lua e eu sempre me perguntei se você estava me respondendo ou se eu era apenas mais uma bobinha conversando com a lua, mas bem la no fundo eu sabia, algo me dizia que você me amava e me respondia. E sim eu já te ouvi chamando, você é tudo o que eu tenho. I love you too. – E então, tão inesperadamente ela pulou o tronco e se sentou no meu colo. – Você não vai dizer nada Jake?

- Ações valem mais do que palavras por mais lindas que sejam. – Disse isso e a beijei, mas eu parecia tão desesperado que a assustei, então pedi desculpas e recomecei, dessa vez com mais sutileza. E tão de repente eu acordei. Isso ai, EU ACORDEI. Meu primeiro sentimento foi de revolta seguidos de desespero, raiva, tristeza. A tristeza se deu quando eu cai na real e percebi o que estava acontecendo. Eu não morri enquanto dormia, como eu tanto queria, eu ainda estava vivo e dor ainda não tinha cessado. O que eu faria agora ? O jeito era começar o esse dia de cabeça erguida e pensar no que eu faria de agora para frente. A primeira coisa que eu fiz foi me levantar e tomar um banho. Depois sai do quarto e vi que meu pai não estava em casa, resolvi então ir à praia para pensar melhor. Quando sai de casa o tempo estava meio nublado, como sempre.

Me sentei na areia, bem rente o mar e como na noite anterior as ondas alcançavam meus pés. Eu fiquei ali lembrando da noite anterior e de como ela me disse cada palavra. Isso me causou fortes náuseas e eu me deitei na areia da praia fazia, encolhido como uma bola. Espasmos fortes percorriam meu corpo, esse, que doía ferozmente. E eu me senti pequeno, miserável, tremendamente bobo. Bom, o que estou tentando dizer é que eu comecei a entender, naquele momento, como o que é se sentir a menor e a mais insignificante das criaturas do mundo e isso faz você sentir dores em lugares que nem sabia que existiam no corpo. Não importa o que você faça , você ainda vai pra cama, toda noite, pensando em cada detalhe, imaginando o que fez de errado, ou como pode ter interpretado mal, e como foi que por um breve momento, você achou que podia ser tão feliz... e bem, depois de tudo isso, demore o tempo que tenha que demorar, você vai para um lugar novo, vai conhecer pessoas novas que fazem você se valorizar e pedacinhos da sua alma vão finalmente voltar. E aquela época turva, aquele tempo ou a vida que você desperdiçou, tudo isso começa a se dissipar¹. Bem, sobre essa ultima parte eu não tinha certeza, mas esperava, desesperadamente, estar certo. Então eu conclui que o dia seguinte, sem duvidas, é o pior.


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1.  Créditos à: “O amor não tira férias” : Um dos melhores filmes que eu ja vi.
bý:  Bruna.